Problema de rede no Linux

Último dia de 2010! Segue abaixo um presente para os incautos. Feliz Ano Novo!
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Passei um sufoco no Linux há algumas semanas. Minha rede parou de funcionar (Ethernet e Wireless). Passei horas pesquisando e tentando soluções, sem sucesso, até que encontrei a resposta de uma boa alma em um fórum.

IMPORTANTE:  A solução independe do hardware. Se o seu problema for o mesmo que eu tive não interessa muito o modelo da sua placa. Essa é uma solução “template <T>”  =)

O que gerou o problema (comigo) foi que o Linux não conseguiu colocar meu notebook pra dormir. Tentei o modo sleep (Fn+Sleep) por duas vezes e o computador não chegou a “dormir”. Daí desliguei normal e quando tornei a ligar a rede já era.

Como saber se o problema é o mesmo?

Execute o comando lswh:

sudo lshw -c network

O comando lshw (list hardware) lista o hardware presente na máquina. A opção -c é um alias para -class e especifica que devem ser exibidos apenas os dispositos da classe especificada (no caso network). Para saber quais as classes presentes na sua máquina use o comando:

sudo lshw -short

Voltando. Após executar o sudo lshw -c network, a saída conterá uma descrição dos dispositivos de rede, que começam num padrão:

*-network
description: Ethernet interface

…………

*-network DISABLED
description: Wireless interface

………….

Observe que pela descrição acima minha interface sem fio estava desabilitada. Verifique sua saída e procure pelo DISABLED. Se estiver lá, seja no Ethernet ou Wireless, podemos continuar.

Abra o arquivo /var/lib/NetworkManager/NetworkManager.state e verifique se há algum false no código. Para abrí-lo como root: sudo gedit /var/lib/NetworkManager/NetworkManager.state

O meu estava assim:

[main]
NetworkingEnabled=false
WirelessEnabled=true
WWANEnabled=true

Se houver algum false, substitua-o por true (faça um backup!).

Agora faça o mesmo (false para true, se for o caso) para o arquivo /etc/NetworkManager/nm-system-settings.conf . O meu estava assim:

# This file is installed into /etc/NetworkManager, and is loaded by
# NetworkManager by default.  To override, specify: ‘–config file’
# during NM startup.  This can be done by appending to DAEMON_OPTS in
# the file:## /etc/default/NetworkManager
#

[main]
plugins=ifupdown,keyfile

[ifupdown]
managed=false

Pronto. Reinicie.

Deus se importa?

A resposta curta para o título é: sim; a dificuldade, porém, continua ali.

Tenho enfrentado alguns problemas; não são tão grandes, mas incomodam. Comecei então a ler um livro do Phillip Yancey – Decepcionado com Deus. Não vou tentar resumir o problema do sofrimento aqui, a intenção é só transcrever um trecho do livro onde o mestre C.S. Lewis dá um toque de gênio na questão – pra variar.  =)

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Num artigo sobre a oração, C. S. Lewis sugeriu que Deus trata os novos cristãos com um tipo especial de ternura, bem parecida com a que um pai dispensa a um recém-nascido. Ele cita um cristão experiente: “Tenho visto muitas respostas impressionantes a orações, e mais de uma vez vi uma resposta que achei um milagre. Mas geralmente elas vêm no início, antes da conversão, ou logo após. À medida que a vida cristã transcorre, elas tendem a ser mais raras. As respostas negativas às orações, de igual forma, não são apenas mais freqüentes; tornam-se mais inconfundíveis, mais enfáticas.”

À primeira vista, uma idéia dessas parece estar virada às avessas. Não devia a fé se tornar mais fácil, e não mais difícil, à medida que o cristão progride? Mas, como assinala Lewis, o Novo Testamento oferece dois grandes exemplos de orações não respondidas: Jesus implorou três vezes a Deus; “Passa de mim este cálice”, e Paulo suplicou a Deus que curasse seu”espinho na carne”. Lewis indaga: “Quer dizer então que Deus abandona justo aqueles que o servem melhor? Bem, aquele que o serviu melhor do que todos disse, perto de sua excruciante morte: ‘Por que me desamparaste?’ Quando Deus se torna homem, aquele Homem, dentre todos os demais, é o que, em Sua maior necessidade, menos recebe consolo de Deus. Aqui há um mistérioque, mesmo que eu tivesse condições, talvez não tivesse a coragem de explorar. Nesse ínterim, é melhor que pessoas como você e eu, superando todas as esperanças e probabilidades, tendo nossas orações às vezes atendidas, não tiremos conclusões apressadas quanto às vantagens que nós mesmos temos. Se fôssemos mais fortes, talvez fôssemos tratados com menos ternura. Se fôssemos mais corajosos, talvez fôssemos enviados, com bem menos ajuda, para defender posições bem mais críticas na grande batalha.”

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Não sei por qual problema você passa mas espero que sua fé o suporte, e não apenas o suporte mas o transforme em glória.

Como disse o rabino Abraham Heschel, “Uma fé como a de Jó não pode ser sacudida porquanto é o resultado de ter sido sacudida.”

Deus nos abençoe.

 

DC-10

Vou unir o útil ao agradável aqui. Primeiro um trecho do livro Jó, de Charles R. Swindoll (pg 190-191):

O evangelista Billy Graham foi convidado há vários anos para falar no hotel Waldorf… Quando se levantou para falar , ele contou uma história sobre o mundialmente famoso físico, Dr. Albert Einstein, que estava tomando um trem para uma cidade grande anos atrás.  O condutor apareceu para recolher as passagens. Quando chegou ao Grande Pensador, esperou que ele lhe desse o bilhete. O velho senhor começou a procurar em todos os bolsos, mas não conseguiu encontrá-lo. A essa altura, o condutor percebeu quem ele era e disse: “Oh! Dr. Einstein, não se preocupe. Sei quem o senhor é… e confio no senhor. Não precisa me mostrar o seu bilhete”, e continuou sua ronda.

Alguns minutos mais tarde, ao voltar com a bolsa cheia de bilhetes, o condutor viu Einstein agachado, procurando embaixo dos assentos pela passagem perdida. Ele curvou-se e sussurrou: “Por favor, levante-se. Não há problema. Confiamos no senhor. Não precisa me mostrar o seu bilhete”. Nesse momento, Einstein levantou os olhos e respondeu: “Jovem, não se trata de confiança, mas de direção. Estou procurando a passagem porque não sei para onde estou indo”.

Pois é, Sêneca disse certa vez que nenhum vento é favorável ao homem que não sabe para onde se dirige.

Einstein disse bem, Sêneca disse bem, mas Audio Adrenaline ROCKSSS!!1 Então…..

Do you know
Do you know
Do you know where you will go?
If a DC-10 ever fell on your head
Laying in the ground all messy and dead
Or a Mack truck run over you
Or you suddenly die in your Sunday pew
Do you know where you’re gonna go
It can happen any day
It can happen any way
It can happen while you’re
nappin’ in your easy chair
Happen at home
Happen at school
Happen while you’re scattin’
like a scattin’ fool

CHORUS
Do you know where you’re gonna go
Do you know where you’re gonna go
Do you know where you’re gonna go
Straight to Heaven
Or down the hole?

CHORUS

747 fell out of Heaven
Crashed through the roof of a 7-11
You’re working on a slurpee
Things get hazy
Reach for a twinkie now you’re
pushing up daisies?
Do you know where you’re gonna go

OFF: É um absurdo que uma música dessas tenha apenas 5k exibições no YT. Pfff.. ¬¬

Jó, Nós, Jesus e Deus

Porque ele não é homem, como eu, a quem eu responda, vindo juntamente a juízo. Não há entre nós árbitro que ponha a mão sobre nós ambos. Tire ele a sua vara de cima de mim, e não me amedronte o seu terror; então falarei sem o temer; do contrário não estaria em mim. – Jó 9:32-35

Isso resume o desespero de Jó. Ele sabe que Deus é grande e poderoso; sabe também que Ele pode fazer qualquer coisa e que ninguém consegue restringi-lO.  Sabe que não há como reclamar sua miséria, exigir seus filhos de volta, seus animais, sua casa, seus empregados ou sua saúde. Jó é apenas sombra, Deus é eterno. Jó é pecador, Deus é santo. Ainda que Jó pudesse discutir com Deus em um tribunal não haveria ninguém para julgar a causa, ninguém capaz de servir como mediador. Será?

Jó não pode ser criticado por suas palavras. Sabíamos o que lhe aconteceria; ele sequer sonhava com tamanho terror. Perder todos os filhos, o sustento, os empregados e a saúde, tudo de uma vez, poderiam levar um homem à loucura. Jó resistiu muito bem. E teria sido ainda mais fácil se tivesse vivido séculos mais tarde.

Blaise Pascal notou que o conhecimento de Deus pode trazer desespero já que a distância entre Ele e o homem é infinita. Mas esse conhecimento só traz desespero se não houver nada, nem ninguém, que possa unir-nos a Ele, e há! Alegre-se!

… a religião cristã ensina aos homens duas verdades a um só tempo: que há um Deus que os homens são capazes de alcançar e que há uma corrupção na natureza que os faz indignos. Importa igualmente aos homens conhecer ambos os pontos; e é igualmente perigoso aos homens conhecer Deus sem conhecer o redentor que pode curá-la. Um só desses conhecimentos causa ou o orgulho dos filósofos que conheceram Deus e não a própria miséria, ou o desespero dos ateus, que conhecem a própria miséria sem redentor. – Pascal (Col. Os pensadores. p. 178)

Isto é bom e aceitável diante de Deus, nosso Salvador, o qual deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade. Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem, o qual a si mesmo se deu em resgate por todos: testemunho que se deve prestar em tempos oportunos. – 1 Timóteo 2:3-6

Jesus Cristo é o Mediador; é nosso Advogado! E note que Ele é o único que pode fazer esse papel. Do mesmo modo que há um só Deus, há também um só mediador.

Filhinhos meus, estas coisas vos escrevo para que não pequeis. Se, todavia, alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo; – 1 João 2:1

Essas são as boas novas, e quão boas são! De fato, desde o início dos tempos não há notícia melhor. 🙂

E aqui chegamos nos “nós”, porque…

Deixamos agora o grito elementar de Jó e o Antigo Testamento, para considerar a palavra apostólica referente a Jesus. “Há um só mediador entre Deus e os homens”. Esse é o evangelho em poucas palavras. É fundamentalmente o cristianismo. – G. Campbell Morgan (The Anwser of Jesus to Job)

Não é à toa que Jesus é o merecedor de toda honra e glória. E… quer um conselho? Busque-O. Quando encontrá-lo, encontrará tudo o mais.

Jesus Cristo é o objeto de tudo e o centro para onde tudo converge. Quem o conhece, conhece a razão de todas as coisas. – Pascal (Col. Os pensadores, p. 178)